Como abrir um banco digital? As 13 dicas para começar

Descubra como abrir um banco digital com nossas 13 dicas essenciais. Entenda os requisitos, explore alternativas como BaaS e veja como a Swap pode ajudar a lançar produtos financeiros rapidamente.
Publicado em
Jun 24, 2024
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BaaS
Banking as a Service
Embedded finance
Fintech
Infraestrutura financeira

Nos dias atuais, a criação de um banco digital é um processo envolto em camadas de burocracia. Inclui a necessidade de cumprir inúmeras regulamentações financeiras, obter licenças, estabelecer sistemas de segurança cibernética e garantir a conformidade com normas anti-lavagem de dinheiro, além de muitos outros pontos.

Esses requisitos exigem um investimento considerável de tempo e recursos, retardando a velocidade com que uma nova instituição financeira pode entrar no mercado.

É possível abrir o próprio banco digital?

Abrir um banco digital próprio é possível, mas envolve várias etapas complexas e regulamentações rigorosas. Primeiramente, a obtenção de uma licença bancária exige a demonstração de solidez financeira, a apresentação de um plano de negócios robusto e a formação de uma equipe de gestão com comprovada experiência no setor financeiro.

Além disso, é necessário atender a exigências regulatórias, como políticas de combate à lavagem de dinheiro (AML), procedimentos de Conheça Seu Cliente (KYC) e a implementação de estruturas de governança corporativa eficazes.

Em 2022, um dos casos mais conhecidos de abertura de banco foi o anúncio de Carlinhos Maia, o Girabank. Inspirado em seus fãs, denominados "girassóis", Maia e seus sócios investiram mais de R$ 100 milhões no projeto.

Quem pode criar um banco digital?

Teoricamente, qualquer empreendedor ou empresa com os recursos financeiros necessários, a expertise e a capacidade de cumprir com as regulamentações aplicáveis pode criar um banco digital.

A criação de um banco digital, como qualquer outra instituição financeira, requer o cumprimento de várias regulamentações legais e financeiras, e é acessível para entidades ou empreendedores que possam atender a essas exigências.

Aqui estão os principais atores que podem criar um banco digital:

  1. Empresários e Investidores: Indivíduos ou grupos que possuem o capital necessário e que podem cumprir com os requisitos regulatórios podem iniciar o processo de criação de um banco digital. Isso inclui a capacidade de apresentar um plano de negócios sólido e sustentável para o banco.
  2. Instituições Financeiras Existentes: Bancos tradicionais ou outras instituições financeiras podem criar divisões digitais ou novas marcas que operem predominantemente online, expandindo seus serviços para o ambiente digital.
  3. Empresas de Tecnologia: Empresas focadas em tecnologia financeira (fintechs) podem evoluir para oferecer serviços bancários completos, uma vez que já possuem expertise tecnológica e, muitas vezes, uma base de clientes estabelecida.
  4. Consórcios ou Parcerias: Grupos de empresas ou parcerias entre diferentes tipos de empresas, como uma colaboração entre uma fintech e um banco tradicional, podem criar um banco digital para aproveitar as forças combinadas de tecnologia e experiência financeira.

Quem fiscaliza os bancos digitais?

No Brasil, o processo é regulado pelo Banco Central do Brasil (BACEN), que estabelece os requisitos necessários, como a aprovação de um plano de negócios, adequação de capital, estruturas de governança, sistemas de segurança cibernética, conformidade com normas de prevenção à lavagem de dinheiro, e outras regulamentações financeiras.

Os bancos digitais são fiscalizados pelo Banco Central. Porém, não podem resolver casos individuais. Para questões individuais, recomenda-se buscar por:

- O local do atendimento ou o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da instituição;

- A ouvidoria da instituição;

- O Procon do seu estado.

De acordo com o GOV:

"Sua reclamação ajuda o Banco Central a melhorar as normas e a fiscalização do sistema financeiro. No entanto, o BC não faz parte do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, coordenado pelo Ministério da Justiça. Isso significa que o BC não tem autorização para interferir na sua relação contratual com a instituição financeira (bancos, cooperativas, corretoras etc)."

Qual a diferença entre banco e fintech?

A principal diferença entre um banco e uma fintech reside em seus modelos de negócios e abordagens para a oferta de serviços financeiros.

Bancos são instituições financeiras licenciadas que oferecem diversos tipos de serviços, como contas de depósito, empréstimos, hipotecas e serviços de investimento. Operam dentro de um marco regulatório estrito e são supervisionados por órgãos reguladores financeiros.

Fintechs, por outro lado, são empresas de tecnologia que se concentram em inovar e melhorar os serviços financeiros, muitas vezes por meio do uso de software, aplicativos móveis e outras tecnologias.

Embora algumas fintechs possam oferecer serviços que competem diretamente com os dos bancos, não possuem uma licença bancária completa e, portanto, operam sob regulamentações diferentes.

Consequentemente, fintechs tendem a focar em nichos específicos do mercado financeiro, como pagamentos, gestão de finanças pessoais, empréstimos peer-to-peer, entre outros, buscando oferecer soluções mais ágeis, acessíveis e personalizadas do que os bancos tradicionais.

Como funciona um banco? Físico e virtual

Bancos físicos operam através de uma rede de agências e filiais onde clientes realizam transações financeiras pessoalmente, como depósitos, retiradas, consultas de saldo, além de solicitar empréstimos e outros serviços. Essas instituições investem pesadamente em segurança, infraestrutura e pessoal.

Bancos virtuais, ou digitais, por outro lado, funcionam primariamente através de plataformas online e aplicativos móveis, permitindo aos usuários acessar serviços bancários sem a necessidade de visitar uma agência física.

Estes bancos se destacam pela praticidade, oferecendo operações 24/7, menor custo de serviços devido à redução de despesas operacionais e uma experiência de usuário mais personalizada.

Exigências do Banco Central para abrir um banco

Para abrir um banco no Brasil, o Banco Central impõe uma série de exigências rigorosas. Primeiramente, é necessário nomear um responsável tecnicamente capacitado para liderar o projeto. Em seguida, o projeto deve ser anunciado publicamente e um estudo de viabilidade precisa ser submetido ao Banco Central. Este estudo deve incluir análises de mercado, previsões de rentabilidade, estruturas operacionais e os produtos a serem oferecidos.

Além disso, todos os envolvidos no controle do banco devem comprovar integridade e reputação ilibada, autorizando a Receita Federal e o Banco Central a acessarem seus dados financeiros e verificarem a ausência de impedimentos legais ou financeiros.

A Resolução CMN n° 4.970, de 25 de novembro de 2021, regulamentada pelo Banco Central do Brasil, estabelece as diretrizes para o processo de autorização de funcionamento de diversas instituições financeiras, como bancos comerciais, cooperativas de crédito, sociedades de crédito, entre outras.

Dentre os principais pontos, incluem a exigência de capacidade econômico-financeira compatível com a estrutura e operação da instituição, origem lícita dos recursos, viabilidade econômico-financeira do empreendimento, e infraestrutura de tecnologia e governança adequadas.

Destaca-se a importância de uma reputação impecável e um profundo conhecimento do negócio por parte dos administradores.

A resolução também detalha os requisitos para alterações de controle societário, fusões, cisões, e demais operações estruturais. As autorizações dependem do cumprimento destes critérios.

Qual o capital mínimo para abrir um banco?

Para a abertura de instituições financeiras no Brasil, o Banco Central (BACEN) determina um capital mínimo exigido, que varia de acordo com o tipo de atividade financeira a ser exercida.

Esses limites são estipulados para solidez e a sustentabilidade do sistema financeiro nacional.

Para bancos comerciais e carteiras comerciais de bancos múltiplos, o capital mínimo é de R$ 17,5 milhões, enquanto bancos de investimento e desenvolvimento, além de certas carteiras de bancos múltiplos, necessitam de R$ 12,5 milhões.

Instituições focadas em crédito, financiamento e investimento, crédito imobiliário e arrendamento mercantil precisam de R$ 7 milhões.

Agências de fomento exigem R$ 4 milhões, e companhias hipotecárias, R$ 3 milhões.

Sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários com atividades específicas devem contar com R$ 1,5 milhão, enquanto aquelas com atividades mais restritas precisam de R$ 550 mil.

Por fim, para a abertura de uma sociedade corretora de câmbio, o capital mínimo é de R$ 350 mil.

A resolução que determina esses valores pode ser encontrada na página 8 da RESOLUÇÃO Nº 2.099, do Banco Central.

Como abrir um banco digital?

Confira agora as 13 dicas de como abrir um banco digital separados pela Swap:

Estude regulamentações locais

O primeiro passo para abrir um banco digital é adquirir um profundo entendimento das regulamentações locais que governam a operação de instituições financeiras no país. Isso inclui leis sobre capital mínimo exigido, regulamentações de segurança cibernética, leis contra lavagem de dinheiro (AML) e requisitos de Conheça Seu Cliente (KYC).

Elabore um plano de negócios

Após entender as regulamentações, o próximo passo é elaborar um plano de negócios. Este documento deve abranger a visão do banco digital, missão, estratégias de mercado, análise de concorrência, plano financeiro, e projeções de crescimento.

O plano de negócios será uma peça na obtenção de aprovação regulatória, atração de investidores, e guia para a gestão estratégica do banco. Deve detalhar como o banco pretende atrair e manter clientes, quais produtos e serviços serão oferecidos, e como será a estrutura operacional e administrativa da instituição.

Considere parcerias estratégicas

Para maximizar as chances de sucesso e expansão do mercado, considere parcerias estratégicas. Dessa forma, está envolvendo alianças com outras instituições financeiras, empresas de tecnologia financeira (fintechs), e provedores de serviços de pagamento. Essas parcerias oferecem vantagens, como acesso a tecnologias, expansão de produtos e serviços, e uma base de clientes mais ampla. Além disso, parcerias com entidades estabelecidas no setor financeiro proporcionam credibilidade.

Defina sua proposta de valor

Definir uma proposta de valor servirá para diferenciar seu banco digital. Consequentemente, implica em identificar e comunicar o que faz seu banco ser único e como atende às necessidades dos clientes de maneira superior em comparação com as instituições financeiras existentes. 

Pode incluir ofertas de produtos, uma melhor experiência de cliente, tecnologia de ponta, ou taxas mais competitivas. Uma proposta de valor forte ajuda a atrair clientes iniciais e a construir uma base de clientes leais ao longo do tempo.

Garanta capital inicial suficiente

Um dos primeiros passos para abrir um banco digital é assegurar um capital inicial suficiente. 

Este capital serve como uma demonstração de base financeira para os reguladores e como um fundo para cobrir os custos operacionais iniciais, desenvolvimento de produtos, tecnologia e contingências. 

O montante de capital necessário varia de acordo com a jurisdição e o escopo dos serviços bancários planejados, conforme dito anteriormente.

Obtenha licenças necessárias

A obtenção de licenças bancárias é um processo complexo e muitas vezes demorado, que exige a navegação por uma série de regulamentações financeiras. 

Assim, inclui a submissão de um plano de negócios, demonstração da experiência da equipe de gestão no setor financeiro, e a prova de conformidade com as leis de proteção ao consumidor e anti-lavagem de dinheiro.

Desenvolva tecnologia bancária

No atual mercado financeiro, a tecnologia desempenha impacto direto na operação de um banco digital. 

Deste modo, desenvolver uma infraestrutura tecnológica segura, focada em cibersegurança, será a base para suportar todas as operações bancárias, desde transações básicas até serviços mais complexos como empréstimos e investimentos. 

Observe pontos como sistemas de internet banking, aplicativos móveis, plataformas de pagamento eletrônico e sistemas de gerenciamento de riscos.

Implemente medidas de segurança rigorosas

A segurança é um dos pontos mais importantes no setor bancário, pois tem a função de proteger os ativos financeiros, além das informações pessoais dos clientes. Implementar medidas de segurança servirá para prevenir fraudes, roubos e ataques cibernéticos. 

Deve-se incluir criptografia de dados, autenticação multifatorial, monitoramento de transações e conformidade com padrões de segurança de dados, como o PCI DSS (Payment Card Industry Data Security Standard).

Recrute equipe especializada

Para operar, um banco digital precisa de uma equipe de profissionais especializados em diversas áreas, incluindo finanças, tecnologia da informação, conformidade regulatória, segurança, atendimento ao cliente, e muito mais. 

Recrutar uma equipe com a expertise e experiência será um dos primeiros passos para assegurar que todas as operações bancárias sejam conduzidas conforme as leis e regulamentações aplicáveis. 

Assim, a equipe implementa a visão estratégica do banco, e desempenha impacto direto na construção de relações com os clientes e na manutenção da integridade operacional e financeira do banco.

Lance produtos financeiros

Para iniciar operações, um banco digital precisa definir e lançar produtos financeiros que atendam às buscas do seu público-alvo. 

Dessa forma, inclui contas correntes e de poupança, empréstimos e hipotecas, cartões de crédito, e soluções de investimento. O desenvolvimento desses produtos exige uma análise aprofundada do mercado para compreender as necessidades e preferências dos clientes potenciais. 

Além disso, será necessário que esses produtos sejam competitivos em termos de taxas, benefícios e características, a fim de assegurar que o banco possa atrair e reter clientes.

Promova sua marca

Uma estratégia de marketing será muito importante para construir a presença da marca do banco digital no mercado e atrair clientes. Assim sendo, envolve o desenvolvimento de uma proposta de valor diferenciada que destaque os benefícios e características dos produtos do banco. 

O marketing digital, incluindo SEO, marketing de conteúdo, e mídias sociais, atua diretamente na promoção da marca, permitindo ao banco alcançar um público maior com um custo relativamente baixo. 

Além disso, estratégias tradicionais de marketing, como eventos comunitários e parcerias locais, são super recomendadas para construir reconhecimento de marca em áreas específicas.

Bom atendimento ao cliente

Um bom serviço ao cliente tornou-se, atualmente, a base para o sucesso de qualquer banco digital. 

Para tal, invista em tecnologia, como inteligência artificial e chatbots, a fim de melhorar a produtividade do atendimento ao cliente, oferecendo respostas instantâneas a perguntas comuns e liberando os representantes de atendimento ao cliente para lidar com questões mais complexas.

Monitore a conformidade regulatória

O monitoramento da conformidade regulatória assegura que o banco opere dentro das leis e regulamentos estabelecidos pelos órgãos reguladores financeiros. Desta forma, inclui a adesão a normas de segurança de dados, regulamentações anti-lavagem de dinheiro, e leis de proteção ao consumidor. 

O banco deve estabelecer sistemas internos de auditoria e risco para avaliar regularmente suas operações e práticas comerciais. Além disso, será preciso manter-se atualizado com as mudanças na legislação e regulamentação financeira para adaptar as políticas e procedimentos do banco conforme necessário.

Alternativas à criação de um banco digital

Se abrir um banco digital parece um desafio muito grande ou desnecessário para o seu modelo de negócios, existem alternativas que podem ser mais apropriadas e eficientes.

Utilização de plataformas de Bank as a Service (BaaS)

Ao invés de criar um banco digital do zero, muitas empresas optam por utilizar plataformas de BaaS, como a Swap, para oferecer produtos e serviços financeiros. Essas plataformas permitem que as empresas integrem funcionalidades bancárias em suas operações, como gerenciamento de contas, pagamentos e transferências.

Parcerias com instituições financeiras existentes

Estabelecer parcerias com bancos ou outras instituições financeiras pode permitir que sua empresa ofereça serviços financeiros sem assumir a responsabilidade completa de operar um banco. Essas parcerias podem incluir a oferta de contas bancárias, cartões de crédito e soluções de pagamento.

Implementação de soluções fintech

Em vez de se tornar um banco, sua empresa pode desenvolver ou utilizar soluções fintech para atender necessidades financeiras específicas dos seus clientes. Como, por exemplo, aplicativos de gestão financeira, plataformas de pagamento, serviços de crédito e muito mais.

Produtos de pagamento e emissão de cartões

A Swap oferece uma variedade de soluções para emissão de cartões, gerenciamento de pagamentos e outras funcionalidades financeiras, todas integráveis ao seu negócio. Essas soluções permitem a oferta de produtos financeiros personalizados com facilidade.

Nossas alternativas proporcionam flexibilidade e rapidez na implementação de serviços financeiros, permitindo que você foque no crescimento e na inovação do seu negócio principal.

Como a Swap pode ajudar

A Swap oferece uma infraestrutura completa de Bank as a Service (BaaS) e soluções White Label, permitindo que empresas lancem produtos financeiros rapidamente e sem a necessidade de criar uma infraestrutura bancária própria.

Com a Swap, você pode personalizar serviços financeiros sob sua própria marca, beneficiando-se da nossa tecnologia avançada e compliance regulatório.

Entre em contato conosco para descobrir como a Swap pode facilitar sua entrada no mercado financeiro e ajudar a lançar sua solução de maneira eficiente e segura.

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