Compliance para fintechs: navegação no ambiente regulatório

Navegar pelo cenário regulatório é essencial para as fintechs que buscam operar de forma segura e sustentável. Compliance é uma ferramenta crucial para mitigar riscos e fortalecer a confiança de clientes e investidores.
Publicado em
Sep 6, 2024
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Regulamentação
Proteção de dados
Segurança de dados

Neste artigo, vamos explorar o que é Compliance e sua importância para as fintechs, discutir as legislações aplicáveis no Brasil, e abordar os principais benefícios e desafios de estar em conformidade. 

Também veremos os componentes essenciais de um Programa de Compliance robusto, o papel da tecnologia e a importância de uma cultura organizacional ética.

Entendendo o Compliance no setor fintech

No setor financeiro, a palavra conformidade é essencial, especialmente para as fintechs. O termo "Compliance" diz respeito ao processo que as empresas usam para se certificar de que estão seguindo todas as leis e normas em vigor, de acordo com as regulamentações específicas para o setor. 

Isso inclui prevenir a lavagem de dinheiro, combater o financiamento do terrorismo e proteger os dados dos consumidores, além de garantir a segurança cibernética.

Para as fintechs, a conformidade vai além de apenas seguir a lei. Também é sobre ganhar a confiança do consumidor e manter a estabilidade do sistema financeiro. Afinal, ao lidar com o dinheiro e informações pessoais dos clientes, as fintechs precisam garantir que seus processos internos sejam seguros e confiáveis.

Um programa de Compliance sólido e bem planejado garante que as operações estejam corretas. Isso reduz os riscos de multas e processos legais. Além disso, fortalece a reputação da empresa no mercado e constrói uma relação de confiança com os clientes e investidores.

Especificidades do Compliance para fintechs

O Compliance para fintechs tem algumas particularidades importantes, principalmente porque essas empresas precisam ser rápidas na inovação, mas sem descuidar das regras do setor financeiro. 

Vamos explorar os principais pontos:

  1. Inovação e regras: As fintechs são criadas para inovar, mas, ao mesmo tempo, precisam seguir as leis e normas do setor financeiro. Isso inclui cuidar da segurança dos dados dos clientes e evitar práticas ilegais, como lavagem de dinheiro. 
  2. Adaptação rápida: O setor financeiro está sempre mudando, e as fintechs precisam estar prontas para ajustar seus processos e tecnologias de acordo com novas exigências legais. É importante que elas consigam se adaptar rapidamente para evitar problemas com a regulamentação.

Esses pontos mostram como é fundamental que as fintechs tenham um programa de Compliance bem estruturado para crescer de forma segura e ganhar a confiança do mercado.

Legislação aplicável às fintechs no Brasil

Para que as fintechs possam operar de maneira segura e dentro da lei, é crucial que elas estejam cientes e em conformidade com a legislação específica do setor financeiro no Brasil. 

Essas regras não só garantem a proteção dos consumidores, mas também criam um ambiente propício para a inovação e o desenvolvimento sustentável das fintechs. 

Abaixo, vamos explorar o marco legal que rege as fintechs no Brasil, seguido das principais normas e regulações que essas empresas devem seguir para se manterem em conformidade.

Marco legal das fintechs no Brasil

O Brasil percebeu que, para fomentar a inovação e o desenvolvimento no mercado financeiro, era essencial criar regras específicas para as fintechs

Essas normas não visam apenas impulsionar novas tecnologias e modelos de negócios, mas também promover a inclusão financeira, a eficiência, e reduzir o uso de dinheiro em espécie, garantindo a segurança e a estabilidade do sistema financeiro. 

Um grande passo foi quando a aprovação da Lei 12.865/2013, que ampliou o escopo do Sistema de Pagamentos Brasileiro, permitindo a entrada de novas empresas no mercado de pagamentos.

Em 2018, o Banco Central do Brasil (BACEN) lançou a Resolução nº 4.656 que definiu as regras para o funcionamento das fintechs de crédito, criando as Sociedades de Crédito Direto (SCD) e as Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP). Além disso, em 2020, o BACEN estabeleceu o Sandbox Regulatório, um espaço experimental para testar novos produtos e serviços financeiros.

Essas regras, junto com outras leis e normas, mostram como o Brasil  está criando um ambiente favorável para a inovação, enquanto protege os consumidores, promove a inclusão financeira e assegura o bom funcionamento do mercado.

Principais normas e regulações

A legislação aplicável às fintechs no Brasil abrange diversas áreas importantes para garantir que essas empresas operem de forma legal e segura. 

De acordo com o time da Swap, a implementação de políticas de privacidade claras, o uso de criptografia e controles de acesso rigorosos são medidas essenciais para garantir a proteção de dados. 

Aqui estão as principais leis e normas que as fintechs devem seguir, conforme análise do nosso time de Compliance:

Norma/Regulamentação Descrição
Lei nº 9.613/1998 (Lei de Lavagem de Dinheiro) Estabelece os crimes de lavagem de dinheiro e define as diretrizes para a prevenção e combate a esses crimes. A lei impõe obrigações de identificação de clientes, manutenção de registros e comunicação de operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF).
Lei Complementar nº 105/2001 Regula o sigilo bancário para instituições financeiras, incluindo fintechs.
Lei nº 12.414/2011 Cria o Cadastro Positivo, permitindo o uso de informações de adimplemento para análise de crédito.
Lei nº 12.865/2013 Regula os arranjos de pagamento, abrangendo instituições de pagamento, incluindo fintechs.
Lei nº 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados - LGPD) Define as regras para o tratamento de dados pessoais, aplicável a todas as empresas, incluindo fintechs, que coletam e processam dados de clientes, garantindo a privacidade e a proteção das informações.
Resolução CMN nº 4.658/2018 (Segurança Cibernética) Estabelece requisitos de segurança cibernética e a implementação de uma política de segurança cibernética, além de outras obrigações relacionadas à gestão de riscos e incidentes de segurança.
Resolução nº 4.656/2018 (BACEN) Regulamenta as Sociedades de Crédito (SCD) e as Sociedades de Empréstimos entre Pessoas (SEP), categorias que abarcam diversas fintechs que operam com concessão de crédito.
Instrução Normativa RFB nº 1.888/2019 Estabelece a obrigatoriedade de prestação de informações relativas às operações realizadas com criptoativos, como Bitcoin e outras criptomoedas. Essa norma é importante para fintechs e outras instituições que operam com criptoativos no Brasil.
Resolução Conjunta nº 1/2020 Criar o Sandbox Regulatório para as fintechs testarem novos modelos de negócio em ambiente controlado.
Circular nº 3.978/2020 (BACEN) Define as regras para a prevenção à fraude em operações de pagamento. Regula as medidas que devem ser adotadas pelas instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, incluindo fintechs, em relação à PLD/FT. A norma determina que as instituições devem: Implementar uma política de PLD/FT adequada ao porte e complexidade das operações. Realizar a identificação, qualificação e classificação de risco dos clientes. Manter registros atualizados de todas as operações realizadas. Monitorar continuamente as operações e comunicações ao COAF. Capacitar e treinar seus colaboradores em temas de PLD/FT.
Resolução CMN nº 4.935/2021 Exige que fintechs e outras instituições financeiras apresentem relatórios periódicos sobre o gerenciamento de riscos, com foco em crédito, operacional, de mercado e de liquidez.
Resolução BCB nº 80/2021 Define requisitos para constituição, autorização e funcionamento de instituições de pagamento, abrangendo fintechs.
Comunicado BCB nº 31.379/2017 (Open Banking) Estabelece as diretrizes para a implementação do Open Banking no Brasil, afetando as fintechs pela integração e compartilhamento de dados entre diferentes instituições financeiras.
Resolução BCB nº 1/2020 (Pix) Estabelece as regras para o funcionamento do Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil, que é obrigatório para fintechs que operam como instituições de pagamento.

Benefícios de estar em conformidade com as normas regulatórias

Manter a conformidade com as normas regulatórias não é apenas uma obrigação legal para as fintechs; trata-se de um fator estratégico fundamental que pode gerar inúmeros benefícios para o negócio. 

Além de evitar sanções e multas, a conformidade fortalece a segurança e a credibilidade da empresa no mercado, item essencial para atrair e reter clientes e investidores. 

A seguir, discutiremos como o Compliance pode contribuir para a mitigação de riscos, o aumento da confiança dos stakeholders e a melhoria da reputação da empresa.

Redução de riscos legais e multas

Como já observamos, as regulamentações no setor financeiro são complexas e estão em constante evolução. Isso impõe às fintechs uma séria de riscos legais, como multas, processos judiciais ou administrativos e até mesmo possível perda da licença para operar.

Um programa de Compliance eficaz ajuda a identificar, avaliar e mitigar esses riscos. Implementando medidas preventivas que reduzem a probabilidade de incidentes e assegura que a empresa esteja preparada para lidar com eventuais desafios.

Investir em Compliance é investir na qualidade da gestão e na segurança do negócio. Esse compromisso pode resultar na  redução de custos e minimização de perdas financeiras ao longo do tempo.

Maior segurança e confiança para clientes e investidores

Em um mercado muito competitivo, a confiança do consumidor é muito importante para qualquer empresa. Isso é especialmente verdadeiro para as fintechs, que precisam ganhar a credibilidade das pessoas em um setor que é dominado por grandes instituições.

Demonstrar aos clientes que a empresa está em conformidade com  as normas regulatórias e protege seus dados é essencial. Isso gera um efeito positivo na imagem da marca, tornando a empresa mais confiável e transparente.

Para os investidores, a aderência às normas é um fator decisivo. Empresas com histórico sólido de conformidade são percebidas como investimentos mais seguros, atraindo a atenção de outros investidores que buscam oportunidades promissoras no mercado.

Melhora na reputação e imagem da empresa no mercado

Em um mundo cada vez mais conectado, a reputação de uma empresa se tornou um ativo inestimável. No setor financeiro, onde a confiança e a credibilidade são fundamentais, a reputação adquire uma importância ainda maior..

Fintechs que priorizam o Compliance e demonstram compromisso com boas práticas de governança, constroem uma imagem positiva no mercado. Isso as diferencia da concorrência e reforça sua marca como um símbolo  de confiança e segurança.

Uma sólida reputação abre portas para novas oportunidades de negócios, facilita o acesso a crédito e investimentos, e fortalece os relacionamentos com clientes, parceiros e colaboradores.

Desafios do Compliance para fintechs

Adaptação às mudanças legislativas

As leis e regulamentações estão em constante evolução, especialmente no setor financeiro, que é altamente regulado. Para as fintechs, isso exige uma capacidade contínua de adaptação e mudança.

É fundamental que as fintechs acompanhem de perto as novas legislações e compreendam como essas alterações impactam seus negócios. Isso inclui a necessidade de ajustes nos processos internos, o que demanda tempo, recursos e expertise especializada.

Investir em soluções e ferramentas que facilitem o monitoramento dessas mudanças e mantenham os programas de conformidade atualizados é essencial. Dessa forma, a empresa assegura o cumprimento de todas as normas e leis vigentes, mantendo-se competitiva e em conformidade no mercado.

Gerenciamento de riscos e prevenção à fraude

As fintechs, sendo empresas digitais e inovadoras, estão expostas a uma variedade de riscos, como fraudes, ataques cibernéticos e falhas operacionais. Por isso, gerenciar riscos é um elemento crucial em qualquer programa de Compliance.

Um dos focos principais no gerenciamento de riscos é a prevenção de fraudes. Para isso, as fintechs devem adotar tecnologias de segurança avançadas, como criptografia, autenticação multifator e inteligência artificial. Essas medidas são essenciais para proteger os dados dos clientes e prevenir transações fraudulentas.

Além disso, é fundamental que as fintechs desenvolvam políticas e procedimentos claros para identificar, analisar e responder a possíveis ameaças de segurança. O objetivo é minimizar os impactos negativos tanto para a empresa quanto para seus clientes.

Preparamos um artigo detalhando os desafios regulatórios para Fintechs no Brasil, que você pode acessar aqui.

Componentes de um programa de Compliance

Um programa de Compliance completo e eficiente é fundamental para que as fintechs construam negócios sólidos e confiáveis. Não se trata apenas sobre seguir as regras; um programa eficaz também promove  uma cultura ética em toda a organização.

Os principais componente de  um programa de Compliance para fintechs incluem:

  • Criação de Políticas e Procedimentos Internos
  • Treinamento e Conscientização de Colaboradores
  • Monitoramento e Auditoria Contínuos de Riscos de Conformidade
  • Implementação de Canais de Denúncia e Proteção ao Denunciante
  • Governança e Reporte ao Conselho e / ou Diretoria
  • Gestão de Consequências
  • Relacionamento com Reguladores

Políticas internas e código de conduta

As políticas internas e o código de conduta são documentos fundamentais em qualquer programa de Compliance. Eles estabelecem  diretrizes éticas e regras que todos na empresa devem seguir, servindo como base para um ambiente de negócios íntegro e em conformidade com as regulamentações.

É importante que as políticas internas sejam claras, objetivas e acessíveis a todos os colaboradores. Além disso, é essencial que essas políticas abordem de forma abrangente a conduta ética nos negócios, garantindo que os colaboradores compreendam suas responsabilidades e o impacto de suas ações.

Um código de conduta bem elaborado define os valores e princípios que orientam a empresa. Ele deve ser um guia prático para os comportamentos e decisões de todos os colaboradores, desde a alta administração até o nível operacional. Um código de conduta eficaz não apenas promove um ambiente de trabalho ético, mas também fortalece a reputação da empresa e sua capacidade de prevenir riscos de Compliance.

Treinamento e conscientização dos colaboradores

Não adianta ter um programa de Compliance bem estruturado se os colaboradores não entenderem sua importância e como aplicá-lo no dia a dia. O treinamento e a conscientização dos colaboradores são essenciais para o sucesso do programa.

Os treinamentos devem ser realizados regularmente e incluir todos os níveis da organização. O conteúdo e a linguagem precisam ser ajustados para atender às necessidades específicas de cada grupo, garantindo que todos compreendam as diretrizes e sua relevância. 

É importante diversificar os métodos de ensino, utilizando palestras, estudos de caso, simulações, e-learning, e outras ferramentas interativas. Isso torna o treinamento mais dinâmico e eficaz, facilitando a assimilação dos conceitos de Compliance e sua aplicação prática.

Monitoramento e avaliação de riscos

O monitoramento e a avaliação de riscos precisam ser atividades integradas ao cotidiano das fintechs. É fundamental que essas empresas identifiquem, avaliem e gerenciem os riscos que enfrentam continuamente.

A utilização de ferramentas de análise de dados e inteligência artificial pode ser altamente benéfica para facilitar a identificação, o monitoramento e a avaliação dos riscos. Essas tecnologias permitem a detecção de tendências, padrões e anomalias que podem indicar problemas potenciais, proporcionando uma abordagem mais proativa na gestão de riscos.

As fintechs devem estabelecer regras claras para a tomada de decisões com base nas avaliações de risco, incluindo a implementação de ações preventivas e planos de contingência. Dessa forma, elas garantem a continuidade dos negócios de forma segura e eficiente, minimizando impactos adversos.

Investigação e resposta adequada a possíveis violações regulatórias

Apesar dos esforços contínuos para seguir as regras, violações podem ocorrer. As fintechs devem estar preparadas para lidar com esses incidentes de maneira rápida, ética e transparente.

A condução de uma investigação interna é essencial para esclarecer os fatos, identificar as causas da violação, avaliar os impactos do incidente e atribuir responsabilidades. Um processo de investigação bem estruturado não só elucida o que aconteceu, mas também fornece insights para prevenir futuras ocorrências.

É fundamental que as fintechs estabeleçam canais seguros e acessíveis para que colaboradores, clientes e parceiros possam relatar preocupações ou suspeitas de violações. A proteção da identidade dos denunciantes deve ser uma prioridade, garantindo que não haja retaliações e incentivando um ambiente de confiança.

A resposta adequada a violações pode incluir a implementação de medidas corretivas, a comunicação tempestiva com as autoridades competentes, a reparação de danos a terceiros afetados e a revisão dos processos internos. Essas ações demonstram o compromisso da fintech com a conformidade e a integridade, fortalecendo a confiança de todas as partes interessadas.

Tecnologia como ferramenta de Compliance

A tecnologia está se tornando uma parte essencial para as fintechs, auxiliando as empresas a cumprir regulamentações, automatizar tarefas e aprimorar processos. Além disso, oferece dados e insights críticos para apoiar decisões estratégicas.

Soluções de big data e analytics

As fintechs geram e coletam grandes volumes de dados que podem ser utilizados estrategicamente para fortalecer o programa de Compliance. As soluções de big data e analytics permitem analisar rapidamente grandes quantidades de dados, identificando padrões, tendências e possíveis problemas que podem passar despercebidos em uma análise convencional.

Com ferramentas de big data e analytics, as fintechs podem, por exemplo, detectar transações suspeitas indicativas de lavagem de dinheiro. Além disso, essas ferramentas permitem monitorar o comportamento dos clientes para prevenir fraudes e gerar relatórios detalhados sobre a eficácia do programa de Compliance.

O papel da inteligência artificial no Compliance

A inteligência artificial (IA) está transformando diversos setores, incluindo o Compliance. As fintechs estão utilizando a IA para automatizar tarefas, aumentar a eficiência e melhorar a tomada de decisões.

No contexto de Compliance, a IA pode automatizar a análise de documentos e verificar a conformidade com normas e políticas internas. Além disso, a IA é capaz de identificar clientes e transações de alto risco, detectar fraudes e atividades suspeitas em tempo real, e gerar relatórios personalizados sobre o status do programa de Compliance.

Quando combinada com outras tecnologias, como big data e machine learning, a IA pode revolucionar a forma como as fintechs gerenciam a conformidade. Essa integração torna os processos mais eficientes e ágeis, permitindo que os profissionais de Compliance se concentrem em atividades mais estratégicas e complexas.

A importância da cultura de Compliance

Estabelecer uma cultura de Compliance sólida em todos os níveis da empresa é essencial para garantir a eficácia do programa de Compliance. 

Mais do que seguir regras e normas, essa cultura cria um ambiente onde valores éticos e a integridade orientam as ações e decisões de todos, contribuindo para a confiabilidade e sustentabilidade do negócio.

Construindo uma cultura ética

A cultura ética de uma empresa se fundamenta em valores, princípios e comportamentos compartilhados por todos os membros. No mundo dos negócios, a ética vai além do cumprimento das leis, refletindo como a empresa se relaciona com seus stakeholders. 

Um código de conduta claro deve transformar esses valores em diretrizes práticas para o cotidiano, ajudando a empresa a fortalecer sua reputação e a criar um ambiente de confiança e integridade.

Engajamento da alta direção e todos os funcionários

O envolvimento da alta direção é crucial para o sucesso de um programa de Compliance, demonstrando aos colaboradores a importância da ética e da conformidade com as normas. Os líderes devem participar ativamente dos treinamentos, promover a importância do Compliance e servir como exemplos ao seguir as políticas internas

Para garantir o engajamento de todos os colaboradores, é essencial implementar programas contínuos de treinamento e conscientização, além de manter canais de comunicação abertos e claros. 

Sistemas de recompensa para comportamentos éticos e uma política de tolerância zero para desvios de conduta também são fundamentais.

Compliance e relacionamento com clientes

KYC - conheça seu cliente

O processo de KYC (Know Your Customer) é essencial para qualquer fintech que deseja manter a segurança e a integridade de suas operações financeiras. Além de ser uma exigência regulatória, o KYC é fundamental para proteger a empresa contra fraudes e lavagem de dinheiro, atuando como a primeira linha de defesa nesses casos. 

Durante o KYC, são coletadas informações detalhadas dos clientes, como identidade, endereço e histórico financeiro, para confirmar que eles são realmente quem dizem ser e que suas transações são legítimas.

Para obter mais informações sobre KYC, consulte nosso artigo completo.

Proteção de dados e privacidade

A proteção de dados e a privacidade são questões prioritárias no setor financeiro, especialmente para fintechs, que lidam diariamente com grandes volumes de informações sensíveis. 

No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) trouxe novos padrões para a coleta, armazenamento e uso de dados pessoais, e as fintechs precisam assegurar que suas práticas estejam totalmente alinhadas com essas regras. É essencial que as fintechs tenham políticas de privacidade claras e de fácil compreensão. 

Os clientes devem ser informados de maneira transparente sobre como seus dados serão utilizados, armazenados e, eventualmente, compartilhados. Ser claro e transparente nesse aspecto pode ser um grande diferencial no mercado, uma vez que os clientes estão cada vez mais atentos e exigentes quanto à privacidade de suas informações.

Compliance, auditorias e relatórios

Preparação para auditorias externas

Preparar-se para auditorias externas exige planejamento, organização e um forte compromisso com a conformidade. 

Uma auditoria externa oferece uma visão imparcial das práticas da fintech, verificando se elas estão de acordo com as regulamentações e os padrões do setor. Esse preparo começa com a manutenção de uma documentação clara e completa de todos os processos e políticas de Compliance. 

Realizar auditorias internas com frequência também é essencial para identificar e corrigir problemas antes da auditoria externa, incluindo a revisão de contratos, a garantia de que o KYC está sendo implementado corretamente e a confirmação de que todas as transações financeiras estão devidamente registradas.

Relatórios de Compliance e transparência

Os relatórios de Compliance são mais do que uma obrigação regulatória; são uma ferramenta estratégica para promover a transparência e construir a confiança dos stakeholders. Eles documentam como a fintech está cumprindo as normas e regulamentos, além de detalhar as políticas internas e práticas de Compliance adotadas. 

Os relatórios precisam ser claros e objetivos, utilizando gráficos, tabelas e ilustrações para facilitar a compreensão das informações. A frequência e o conteúdo dos relatórios podem variar conforme o tamanho da empresa, a complexidade do negócio e as exigências regulatórias. 

No entanto, é comum que os relatórios incluam a estrutura do programa de Compliance, os principais riscos identificados, as ações tomadas para mitigá-los e os resultados obtidos. 

A regularidade e a precisão desses relatórios ajudam a empresa a identificar tendências e áreas de melhoria, garantindo que ela permaneça na vanguarda da conformidade e da boa governança.

Aqui estão alguns dos relatórios obrigatórios exigidos pelo Banco Central do Brasil (BACEN) que refletem a necessidade de conformidade e transparência:

  • Demonstrações Financeiras
  • Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)
  • Relatórios Prudenciais
  • Informe de Capital
  • Relatórios de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLD/FT)
  • Relatórios de Controles Internos
  • Informe de Gerenciamento de Riscos
  • Informações sobre Contratação de Serviços Relevantes de Processamento e Armazenamento de Dados
  • Informações sobre Beneficiários Finais
  • Relatórios de Compliance e Transparência
  • Cadastro de Clientes (SCR)
  • Relatório Anual de Atividades de Auditoria Interna

Soluções da Swap para fintechs e b2b

A Swap oferece soluções financeiras robustas para fintechs e empresas B2B, permitindo que seus clientes lancem rapidamente produtos financeiros personalizados. Com uma infraestrutura modular e flexível, a Swap possibilita a emissão de cartões com limite garantido, a gestão de contas digitais, operações via PIX, transferências bancárias, emissão de boletos, e uma ampla gama de serviços financeiros.

Essas soluções são acessíveis por meio de APIs, interfaces web ou aplicativos móveis, facilitando a integração de acordo com as necessidades específicas de cada cliente. A Swap se destaca por oferecer soluções em modelo white label, permitindo que as empresas criem produtos com sua própria marca, mantendo total  controle sobre a experiência do usuário e fortalecendo sua identidade no mercado.

A infraestrutura da Swap também tem sistemas de KYC (Conheça Seu Cliente) e antifraude, fundamentais para garantir a conformidade regulatória e a segurança das operações financeiras. Esses sistemas não só protegem as empresas contra riscos, como também reforçam a confiança dos clientes e parceiros, assegurando a integridade das transações.

Seja para empresas que buscam expandir suas operações financeiras ou fintechs que desejam lançar novos serviços, a Swap fornece a base tecnológica e o suporte necessário para alcançar o sucesso no mercado, sempre alinhada às melhores práticas de compliance e excelência operacional.

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